Algumas das drogas mais usadas e destruidoras.
As drogas sempre foram usadas pelas pessoas, desde o início da humanidade. Moralismos e puritanismos à parte, elas continuarão sendo usadas por muito tempo. Não é que devamos por isso estimular o seu uso, mas tendo isto em mente e abandonando totalmente a hipocrisia pseudo-cristã, devemos informar às pessoas sobre todas as consequências que as drogas trazem para o organismo, para que possam evitar suas armadilhas e tentar lidar do melhor modo com isto. A educação é o melhor remédio. Basicamente, quando um psicotrópico chega ao cérebro, estimula a liberação de uma dose extra de um neurotransmissor, provocando as sensações de prazer. Mas à medida que o uso vai se prolongando, o organismo do usuário tenta se ajustar a esse hábito. O cérebro adapta seu próprio metabolismo para absorver os efeitos da droga. Cria-se, assim, uma tolerância ao tóxico. Desse modo, uma dose que normalmente faria um estrago enorme torna-se em pouco tempo inócua. O usuário procura a mesma sensação das doses anteriores e não acha. Por isso, acaba aumentando a dose. Fazendo isso, a tolerância cresce e torna-se necessária uma quantidade ainda maior para obter o mesmo efeito. A dependência vai assim se agravando continuamente. Como o psicotrópico imita a ação dos neurotransmissores, o cérebro deixa de produzi-los. A droga se integra ao funcionamento normal do órgão. E quando falta o “impostor” químico, o sistema nervoso fica abalado. É a síndrome da abstinência. Os neurotransmissores são substâncias químicas capazes de transmitir um sinal elétrico de um neurônio a outro. Assemelham-se a um eletrólito de bateria, o qual permite que a corrente elétrica circule pelas placas. Depois de retransmitir o sinal elétrico, o neurotransmissor normalmente é reabsorvido, para não ficar estimulando indefinidamente os outros neurônios, permitindo que eles possam reagir rapidamente a novas exigências. As drogas que provocam euforia, como a cocaína, impedem essa reabsorção, de modo que o cérebro fica super-ativado. Não é difícil perceber o estrago que essa intervenção antinatural pode provocar, quando se sabe que num minuto ocorrem trilhões de trocas neuroquímicas no cérebro. Não é sem razão que muitos especialistas em drogas chamam esse estado de "prazer espúrio". Os especialistas costumam dividir as drogas em dois tipos: leves e pesadas. Drogas leves são as que causam "dependência psíquica", que significa o desejo irrefreável de consumir a droga. Drogas pesadas são aquelas que além da dependência psíquica causam também a física, ou seja, a sua falta acarreta uma síndrome de abstinência tão violenta, com sintomas físicos tão dolorosos, que o viciado procura desesperadamente pela droga a fim de aliviar a ânsia de consumo. Por essa razão, fumo e álcool podem ser considerados como drogas pesadas, apesar de serem socialmente aceitas.
MACONHA - A maconha, derivada na planta Cannabis sativa, é originária da Índia. O imperador chinês Shen Nung reconheceu as propriedades alucinógenas da Cannabis quando a recomendou como medicamento. Dois dos primeiros nomes em chinês da maconha – “libertados do pecado” e “fornecedor de encantos” – já denotavam a potencialidade dos seus efeitos inebriantes. Com a disseminação do conhecimento de que o uso da maconha levava o usuário a “ver espíritos”, os chineses passaram a usar Cannabis para – como afirmavam – “desfrutar a vida.” A oeste da China, as tribos bárbaras da Ásia foram as responsáveis pela popularização da maconha como droga recreativa. É obtida de folhas e flores secas do cânhamo indiano, e apresenta cerca de 60 substâncias psicotrópicas solúveis na corrente sangüínea, que ficam no corpo do usuário por cerca de 7 dias, sendo a substância mais importante delas o delta-9-tetrahidrocanabinol (D-9-THC), conhecido como THC. Foi o israelense Raphael Mechoulan que identificou, em 1964, essa principal substância ativa da droga. Uma maconha "normal" tem um teor de cerca de 8% de THC. Existem mais de 400 outras substâncias químicas na planta, das quais muitas não se conhece ainda os efeitos. A maconha é a segunda droga mais consumida entre os jovens nas principais cidades do Brasil, perdendo apenas para o álcool. Essa pesquisa não considerou o cigarro nem o café como drogas psicoativas. Há algum tempo surgiu uma nova variedade de maconha, chamada "skunk" ou "supermaconha". O skunk é produzido em laboratório com variedades de cânhamo cultivados no Egito, Afeganistão e Marrocos, apresentando um teor de THC de até 33%. Seus efeitos são dez vezes mais potentes que os da maconha comum. No Brasil, o consumo do skunk está crescendo. O efeito da maconha é percebido em aproximadamente 5 minutos depois de começada a ser fumada, durando por duas a quatro horas aproximadamente. O efeito da maconha aumenta a sensibilidade aos estímulos externos melhorando a apreciação da música e da arte. O principal efeito relatado é a tranquilização e a redução da capacidade de concentração. Em vários países se constatou considerável aumento de registros de acidentes de automóveis, motos, trens e até caminhões envolvendo motoristas consumidores de maconha. Em níveis muito altos pode provocar alucinações ou delírios com reações comportamentais indevidas como agitação e agressividade. O uso prolongado leva a um comportamento caracterizado pela não persistência numa atividade que requeira atenção constante (Síndrome Amotivacional). Já se catalogou cerca de 50 efeitos relacionados ao consumo da maconha. Alguns deles: tremor corporal, vertigem, náuseas, vômitos, taquicardia, excitação psíquica, diarréia, alterações sensoriais, lentidão de raciocínio, oscilação involuntária dos olhos, zumbidos, desorientação, medo de morrer, depressão, alucinações, amnésia temporária, pânico, idéias paranóides…
MACONHA - A maconha, derivada na planta Cannabis sativa, é originária da Índia. O imperador chinês Shen Nung reconheceu as propriedades alucinógenas da Cannabis quando a recomendou como medicamento. Dois dos primeiros nomes em chinês da maconha – “libertados do pecado” e “fornecedor de encantos” – já denotavam a potencialidade dos seus efeitos inebriantes. Com a disseminação do conhecimento de que o uso da maconha levava o usuário a “ver espíritos”, os chineses passaram a usar Cannabis para – como afirmavam – “desfrutar a vida.” A oeste da China, as tribos bárbaras da Ásia foram as responsáveis pela popularização da maconha como droga recreativa. É obtida de folhas e flores secas do cânhamo indiano, e apresenta cerca de 60 substâncias psicotrópicas solúveis na corrente sangüínea, que ficam no corpo do usuário por cerca de 7 dias, sendo a substância mais importante delas o delta-9-tetrahidrocanabinol (D-9-THC), conhecido como THC. Foi o israelense Raphael Mechoulan que identificou, em 1964, essa principal substância ativa da droga. Uma maconha "normal" tem um teor de cerca de 8% de THC. Existem mais de 400 outras substâncias químicas na planta, das quais muitas não se conhece ainda os efeitos. A maconha é a segunda droga mais consumida entre os jovens nas principais cidades do Brasil, perdendo apenas para o álcool. Essa pesquisa não considerou o cigarro nem o café como drogas psicoativas. Há algum tempo surgiu uma nova variedade de maconha, chamada "skunk" ou "supermaconha". O skunk é produzido em laboratório com variedades de cânhamo cultivados no Egito, Afeganistão e Marrocos, apresentando um teor de THC de até 33%. Seus efeitos são dez vezes mais potentes que os da maconha comum. No Brasil, o consumo do skunk está crescendo. O efeito da maconha é percebido em aproximadamente 5 minutos depois de começada a ser fumada, durando por duas a quatro horas aproximadamente. O efeito da maconha aumenta a sensibilidade aos estímulos externos melhorando a apreciação da música e da arte. O principal efeito relatado é a tranquilização e a redução da capacidade de concentração. Em vários países se constatou considerável aumento de registros de acidentes de automóveis, motos, trens e até caminhões envolvendo motoristas consumidores de maconha. Em níveis muito altos pode provocar alucinações ou delírios com reações comportamentais indevidas como agitação e agressividade. O uso prolongado leva a um comportamento caracterizado pela não persistência numa atividade que requeira atenção constante (Síndrome Amotivacional). Já se catalogou cerca de 50 efeitos relacionados ao consumo da maconha. Alguns deles: tremor corporal, vertigem, náuseas, vômitos, taquicardia, excitação psíquica, diarréia, alterações sensoriais, lentidão de raciocínio, oscilação involuntária dos olhos, zumbidos, desorientação, medo de morrer, depressão, alucinações, amnésia temporária, pânico, idéias paranóides…
O haxixe também é obtido a partir do cânhamo, com a diferença de que utiliza a resina que cobre as flores e as folhas da parte superior da planta. É um extrato, e portanto muito mais potente que a maconha comum. O haxixe é muito consumido no Oriente, sendo que um dos principais produtores é o Líbano, onde o cultivo domina as atividades agrícolas do norte do país.COCAÍNA - A cocaína é uma das substâncias extraídas das folhas da coca, o arbusto Erytroxylon coca, originário da região andina. Em 1862 o químico Albert Niemann conseguiu produzir em laboratório, a partir da coca, um pó branco – o cloridrato de cocaína, cuja fórmula química é 2-beta-carbometoxi-3betabenzoxitropano. A partir de 1880 a cocaína passou a ser empregada como anestésico local em cirurgias do nariz e da garganta, e depois como analgésico. Empregava-se também para combater vômitos e enjôos, através de poções. Nas últimas duas décadas do século 19, medicamentos patenteados contendo cocaína inundavam o mercado. Desde tônicos, ungüentos, supositórios, pastilhas expectorantes e até vinho com cocaína. No início do século a cocaína ainda podia ser comprada livremente, era um medicamento como outro qualquer. Era inclusive utilizado na fórmula original da Coca Cola, eis o porquê deste nome... Freud era um usuário regular. Só foi proibida tempos depois, quando os casos de morte pelo seu abuso começaram a assustar... Como vício, a cocaína é consumida na forma de cloridrato, sendo absorvida por via oral ou nasal. Chegando à corrente sangüínea a droga começa a atuar em três neurotransmissores cerebrais: a serotonina, a norepinefrina e, principalmente, a dopamina. Esses neurotransmissores é que permitem que um neurônio (célula nervosa) mande uma mensagem a outro, já que eles não se tocam. Num processo normal, a dopamina leva a mensagem de um neurônio a outro e depois é reabsorvida pela célula de origem. A cocaína impede essa reabsorção, obrigando a dopamina a continuar estimulando as células nervosas, gerando uma alta estimulação neurológica que leva o nome de "euforia cocaínica", com a conseqüente exaustão das reservas de neurotransmissores (Guardadas as devidas proporções, o processo é idêntico ao causado pelos antidepressivos tricíclicos. A cocaína também potencializa os efeitos dos neurotransmissores noradrenalina e serotonina). O corpo leva de 15 minutos a uma hora para metabolizar a droga. A cocaína não apenas impede a reabsorção do neurotransmissor, mas também destrói ou queima os receptores pós-sinápticos. Essa curta sensação artificial de prazer, forçada pelo excesso de dopamina no cérebro, é suficiente para escravizar centenas de milhares de pessoas. O usuário pode apresentar sintomas psicóticos: irritabilidade e inquietação constantes, alucinações visuais aterradoras, desconfiança de tudo e de todos, delírios, crises de medo. No geral, há pelo menos 47 sintomas ou sinais catalogados decorrentes da intoxicação por cocaína em suas várias fases… Um dos efeitos psicológicos adversos mais comuns é a depressão crônica que se segue à euforia inicial. Outros pesquisadores catalogam ainda os seguintes sintomas ou sinais que a cocaína provoca: ansiedade, irritabilidade, violência, apatia, preguiça e letargia, comportamento compulsivo, problemas de concentração, confusão mental, problemas de memória, tremores (associados tanto com o uso quanto como o afastamento da droga), desinteresse nos relacionamentos com a família e com os amigos, extrema agitação, ataques de pânico, negligência pessoal, desconfiança de amigos, familiares, cônjuges e colegas de trabalho, estado psicótico semelhante à esquizofrenia paranóide, com delírios e alucinações. A cocaína também causa nos usuários a diminuição da fadiga, da fome e da sensibilidade à dor. Grandes doses podem causar parada do coração e morte. Eventualmente provoca febre (devido à problemas respiratórios na inalação). É causa de infecções bacterianas do nariz e da garganta, boca seca, tosse, convulsões, tonturas, enxaquecas com diferentes graus de severidade, náusea, dores abdominais, insônia, hipertensão, hemorragia cerebral (quando a hipertensão rompe os vasos do cérebro), arritmia cardíaca, coagulações e infecções cardíacas. A longo prazo os efeitos são a dependência e lesões cerebrais. Há um adelgaçamento do córtex cerebral, devido provavelmente a uma isquemia microscópica nessa zona. As mucosas nasais ficam corroídas. A droga provoca perda de peso e alterações hormonais, 14% dos consumidores têm pelo menos uma crise convulsiva, independentemente da dose tomada. De acordo com um estudo, o usuário de cocaína passa por quatro fases distintas no consumo da droga; isso, naturalmente, se não morrer antes de "overdose": 1ª fase – Euforia cocaínica: excitação, hipersexualidade, inapetência, hipervigilância, instabilidade emocional, insônia; 2ª fase – Disforia cocaínica: angústia atroz, inapetência, insônia, indiferença sexual, apatia, tristeza, melancolia, agressividade; 3ª fase – Alucinose cocaínica: alucinações (visuais, auditivas, táteis, olfativas), excitação psicomotora, indiferença sexual; 4ª fase – Psicose cocaínica: ilusões paranóides, mania de perseguição, insônia, depressão, tentativas de suicídio e homicídio, alucinações (auditivas e olfativas), hipervigilância. Os sintomas da 4ª fase são comuns entre usuários de grandes doses de cocaína, e mais ainda naqueles que fazem uso da associação álcool-cocaína. O dependente faz associação com outras drogas, como o álcool e tranqüilizantes, para contrapor efeitos excessivamente estimulantes da cocaína. Nos Estados Unidos e Europa é comum a combinação com opiáceos; os viciados "sobem" com a cocaína e "baixam" com a heroína, prática essa denominada de speed boinling. A overdose geralmente ocorre na fase inicial estimulatória de toxidade, (ataques, hipertensão e taquicardia) ou na fase posterior de depressão, culminando em extrema depressão respiratória e coma. Com a disseminação do uso endovenoso, existem riscos de coagulação do sangue com danos às veias, inflamação do fígado, inflamação da membrana que reveste a medula espinhal e o cérebro, alterações visuais, pupilas dilatadas, clarões de luz na visão periférica, perda do apetite, anorexia e perda de peso, padrões alternativos de prisão de ventre e diarréia, e dificuldade para urinar. A cocaína danifica o cérebro ao produzir um estreitamento dos vasos sangüíneos, que pode até ser fatal.
CRACK Em fins da década de 70 surgiu droga derivada da cocaína ainda muito mais poderosa e mortífera, e também muito mais barata: era o "crack". Sua popularização, porém, só se deu na década de 90. O crack é um derivado químico da pasta de cocaína, sendo oferecido na forma de pequenas pedras que são fumadas em cachimbos improvisados. Provoca intensa euforia e sensação de poder. A dependência é quase imediata: com cinco "pipadas" a pessoa já está viciada. Assim como a cocaína comum, o crack também atua bloqueando a reabsorção de um neurotransmissor, a copamina. Para os viciados em crack a droga passa a ser literalmente tudo em suas vidas. Muitos chegam a ficar procurando pelo chão alguma pedra perdida, seja onde for, e fazem qualquer coisa para obter dinheiro e conseguir aplacar a necessidade de consumo. Começam vendendo tudo o que é seu ou de seus parentes, depois passam a roubar e se prostituir, e por fim matam se for necessário. O viciado se degrada tão profunda e rapidamente, e de modo tão visível, que, ao contrário do que acontece com as outras drogas, ele tem plena consciência que a sua transformação é devida ao crack.
Pr. Luciano Teixeira
Diretor do Projeto Anjos da Noite